Quase 70% das empresas deverão retificar a EFD-Contribuições, ex-EFD-PIS/Cofins, segundo os dados divulgados nos blogs Spedito e JAP's SPED, de propriedade do professor Roberto Dias Duarte e do empresário José Adriano, respectivamente.
De acordo com o levantamento, os envolvidos na pesquisa relataram ter tido problemas não apenas em função da complexidade do conteúdo a ser preenchido (79,1%), mas também por conta do tempo gasto para o envio da obrigação acessória, que levou mais de 4 horas, segundo o relato de 20% das entrevistados.
"Apesar de 90,2% terem transmitido os arquivos no prazo inicial, 60,4% deles enfrentaram problemas para efetuar a operação", detalhou a pesquisa.
Problemas
Mas ao que parece, tais problemas já eram esperados, ao menos segundo o professor."Ainda que as mudanças de prazo fossem previsíveis, a autoridade fiscal poderia ter sido mais realista com relação ao cronograma, pois não conseguiu dar conta da complexidade de uma sistemática criada por ela própria", argumenta.
E de fato, não faltaram relatos nas redes sociais de problemas nos servidores da Receita Federal, que acabaram obrigando a autoridade tributária a admitir as dificuldades técnicas e prorrogar o prazo por mais 48 horas.
Responsabilidades fiscais
A pesquisa comprovou outro ponto muito comentado do atual modelo tributário foi a sobrecarga de responsabilidades para os profissionais das áreas contábeis e administrativas.
Ao todo, 73,6% dos pesquisados são responsáveis por mais de uma empresa, enquanto 10,4% disseram ter responsabilidade pela Escrituração de mais de 30 empresas.
"No Brasil, a complexidade e a instabilidade das normas tributárias, em especial para o PIS e a Cofins, tornam a adaptação ao Sped mais cara e longa. Na prática, estamos automatizando processos fiscais e tributários que ainda não estão definidos, nem mesmo pelas autoridades fiscais", avalia Duarte.
Para ele, o nível de precisão exigido pela EFD-Contribuições é inexequível a partir da tecnologia de gestão empresarial atualmente disponível.
A pesquisa
O estudo, que consultou a opinião de 470 profissionais responsáveis pela escrituração de mais de 5 mil empresas, contou com a participação de representantes de organizações contábeis, fornecedores de software, comércio varejista, serviços, comércio atacadista e diversos setores industriais.
Fonte: InfoMoney
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