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A presidente Dilma Rousseff sanciona e o ministro
  da Fazenda, Guido Mantega, anuncia hoje uma nova rodada de desonerações da
  folha de pagamento das empresas, prevista na Medida Provisória 563, ao custo
  de R$ 5,2 bilhões. O governo ainda terá, portanto, cerca de R$ 10 bilhões no
  Orçamento de 2013, para estender as desonerações a mais setores da economia
  se assim o desejar. 
Como a troca da contribuição previdenciária sobre
  a folha pela tributação sobre o faturamento das empresas produz perda de
  receitas para a seguridade social, o governo incluiu na proposta de Orçamento
  para 2013, enviada ao Congresso Nacional, uma previsão de gasto de R$ 15,22
  bilhões a título de compensação ao Fundo do Regime Geral da Previdência
  Social. 
Durante a tramitação da MP 563 no Congresso, os
  parlamentares adicionaram uma vasta gama de setores na lista das
  desonerações. A tendência é que boa parte dessas emendas seja atendida,
  segundo uma fonte da Fazenda, o que envolve as áreas de transporte rodoviário
  de passageiros, empresas de manutenção de aeronaves, entre outras. 
Praticamente toda a indústria de manufaturas do
  país passará a pagar a contribuição previdenciária sobre o faturamento, à
  exceção da siderurgia, química e petroquímica e das montadoras de automóveis. 
Antes do anúncio das medidas, o ministro Guido
  Mantega vai se reunir com empresários dos setores beneficiados. 
A Medida Provisória 563 é ampla. Ao sancioná-la a
  presidente estará definindo a regulamentação complementar do cadastro
  positivo e toda a concepção da tributação das debêntures de infraestrutura,
  entre outras mudanças tributárias. 
Para a instituição do cadastro positivo faltava
  definir a responsabilidade pelos dados do cidadão. A medida provisória
  estabelecerá que o banco de dados e a fonte das informações é que serão os
  responsáveis, objetiva e solidariamente, pelos danos materiais e morais
  causados ao cadastrado. 
Também consta da MP 563 a ampliação do limite
  para renegociação de dívidas bancárias de pessoas físicas e empresas, com
  mudança no regime tributário. Hoje a legislação permite que a renegociação
  seja feita com pessoas físicas e agricultores com dívidas de até R$ 30 mil. O
  teto deverá ser ampliado para a casa dos R$ 100 mil. A ampliação desse limite
  é medida importante para o governo, que quer transformar os tomadores de
  crédito, hoje inadimplentes, em consumidores adimplentes. 
Até o início da noite de ontem não estava de
  decidida a posição do governo sobre a proposta do Congresso de desoneração da
  PIS/Cofins que ainda incide sobre a cesta básica. 
Como a descrição legal dos produtos que compõem a
  cesta básica é de 1938, o governo pode optar por primeiro mudar a definição
  da cesta e, só então, atender à demanda do Parlamento, de retirar o
  PIS/Cofins dos seus produtos. 
Da sequência de medidas programadas pelo governo
  para animar o setor privado a retomar os investimentos, falta, ainda, a
  decisão sobre as concessões de portos e aeroportos, adiadas pela complexidade
  da questão dos portos e pelas divergências em tordo do modelo que será
  escolhido para os aeroportos. Elas devem ser divulgadas ainda este mês. | 
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Fonte: Valor Econômico | 
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
União tem mais R$ 10 bi para desonerar folha
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