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Governo
  Dilma estuda estimular construção civil, após PIB fraco | 
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Depois do susto com o desempenho da economia no terceiro
  trimestre, a equipe econômica tenta acelerar a divulgação de medidas para
  impulsionar os investimentos, aposta para a retomada do crescimento em 2013. 
Os técnicos da Fazenda estão definindo propostas que serão
  enviadas à presidente Dilma Rousseff nos próximos dias e poderão ser
  anunciadas nesta semana. 
Uma das medidas analisadas prevê a ampliação da desoneração da
  folha de pagamento, o que pode incluir o setor da construção civil. 
A pedido de Dilma, também estão sendo discutidos reforços ao
  financiamento de projetos de pesquisa e desenvolvimento e ações para
  facilitar a entrada no país de mão de obra estrangeira especializada, o que
  teria impacto a médio prazo. No diagnóstico oficial, é preciso trazer mais
  "cérebros" para o Brasil. 
Dilma está convencida de que, no curto prazo, o caminho é
  aumentar a competitividade do setor produtivo. 
Além de ser grande empregadora de mão de obra, a construção
  civil ganhou importância nas discussões da área econômica pela forte
  representatividade que tem na taxa de investimento. 
A meta da Fazenda é fazer os investimentos aumentarem 8% no
  ano que vem e 12% em 2014, puxando o crescimento do PIB para o mais perto
  possível de 4% - depois do avanço de 0,6% no terceiro trimestre, a alta do
  PIB neste ano deve ser de cerca de 1%. 
A desoneração na construção civil, no entanto, ainda depende
  da concordância do governo em abrir mão de um valor expressivo da arrecadação
  que tem com o setor, além de criar uma condição especial para o segmento da
  construção pesada, responsável por grandes projetos de infraestrutura. 
Como emprega menos trabalhadores, a idéia é que as empresas
  que operam nesse nicho fiquem de fora da medida que permitirá ao setor trocar
  uma contribuição para a Previdência equivalente a 20% sobre a folha de
  pagamento por um percentual sobre o faturamento. 
As
  incorporadoras também não deverão ser incluídas. 
Segundo estudos preliminares, a contribuição atual do setor da
  construção, baseada na folha de pagamento, corresponderia a algo entre 4% e 4,5% do faturamento. 
Para fazer a troca, as empresas pediram alíquota de 1%, o que inicialmente foi
  considerado muito baixo pelo governo. A negociação agora gira em 2%, mas a Fazenda não bateu o
  martelo. 
Depois da decepção do número do PIB, a presidente, segundo
  a Folha apurou, estaria "mais calma". A aposta do
  governo é que o resultado do quarto trimestre mostrará "uma clara
  inversão" com aumento do crescimento. 
A redução dos custos de produção e o aumento da produtividade
  são pontos cruciais, na avaliação da CNI (Confederação Nacional da
  Indústria), que, ontem, projetou uma elevação dos investimentos em 7% no ano
  que vem, levando a um crescimento econômico de 4%. 
Para a entidade, as perspectivas são positivas porque os
  estímulos dados e prometidos pelo governo, como desonerações, redução dos
  juros e das tarifas de energia, estarão fazendo efeito. | 
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Fonte: Folha de S.Paulo | 
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Desoneração da folha de pagamento da Construção Civil é uma das medidas que podem ser anunciadas nas próximas semanas
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